
Brasília — InkDesign News — O acesso de crianças e adolescentes à escola no Brasil avançou em 2024, atingindo 99,5% na faixa etária de 6 a 14 anos, conforme dados da PNAD Educação do IBGE, mas não cumprindo as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
Contexto educacional
Desde 2016, o Brasil tem acompanhado de perto indicadores educacionais essenciais. Apesar de a universalização do acesso ser atingida para crianças de 6 a 14 anos, as faixas etárias de 4 a 5 anos e de 15 a 17 anos permanecem abaixo das metas, com ambas registrando 93,4% de cobertura em 2024. As estatísticas refletidas na Pnad mostram um histórico de crescimento, mas ainda distantes das expectativas. A meta é universalizar o acesso a 100% dos jovens em fase escolar, um desafio ambicioso frente às desigualdades regionais e socioeconômicas.
Políticas e iniciativas
Para avançar na educação, diversas políticas e iniciativas têm sido implementadas. O governo trabalha em programas de incentivo ao acesso à educação infantil, visando matricular 50% das crianças com 3 anos ou menos até dezembro de 2024. No entanto, em 2024, apenas 39,8% estavam matriculadas, um aumento de 9,5% desde 2016, evidenciando a lentidão do progresso. Como destacou o pesquisador William Kratochwill:
“Os dados da Pnad mostram claramente uma evolução da educação no Brasil, ao colocar as pessoas na escola. Mas, em alguns indicadores, ainda não chegamos ao desejado.”
(“The Pnad data clearly shows an evolution of education in Brazil, putting people in school. But in some indicators, we have yet to reach the desired.”)— William Kratochwill, Pesquisador, IBGE
Desafios e perspectivas
Os desafios permanecem significativos, especialmente no que diz respeito à frequência escolar líquida. A taxa de alunos de 6 a 14 anos caiu para 94,5% em 2024, abaixo da meta de 95% do PNE, exacerbada pelas consequências da pandemia de COVID-19. Adicionalmente, a falta de infraestrutura e desigualdade social limitam o acesso, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Muitos pais optam por não matricular seus filhos na educação infantil, com 63,6% das crianças de até 1 ano fora da creche reportadas como não matriculadas por escolha dos responsáveis.
O investimento em inovação pedagógica e a ampliação das oportunidades de acesso serão fundamentais para que o Brasil alcance suas metas educacionais. A diminuição da taxa de analfabetismo para 5,3% em 2024 indica um progresso, mas ainda há muito a ser feito para garantir que todos os jovens tenham acesso à educação de qualidade.
Os próximos passos envolvem não apenas uma revisão das políticas existentes, mas também um maior engajamento das comunidades locais e da sociedade civil para assegurar que todos os jovens brasileiros possam acessar a educação.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)