
São Paulo — InkDesign News — A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que a Solar Orbiter, sua missão solar inovadora, capturou as primeiras imagens da história dos pólos do Sol nos dias 16 e 17 de março de 2025, enquanto orbitava a estrela a uma inclinação de 15 graus abaixo do equador solar.
Detalhes da missão
O Solar Orbiter iniciou sua missão em fevereiro de 2020, com o objetivo de explorar a atmosfera solar e o campo magnético do Sol através de uma trajetória única. Com uma carga útil composta por seis instrumentos, a nave se distingue por realizar um percursos que a leva a ângulos que ultrapassam o plano eclíptico, permitindo observações sem precedentes da dinâmica solar. Durante o seu voo, a espaçonave deverá completar uma passagem crucial pela atmosfera solar, com a coleta de dados que será fundamental para futuras compreensões da física solar.
Tecnologia e objetivos
A Solar Orbiter carrega instrumentos como o Polarimetric and Helioseismic Imager (PHI), o Extreme Ultraviolet Imager (EUI) e o Spectral Imaging of the Coronal Environment (SPICE). Esses dispositivos são projetados para observar o Sol em diferentes comprimentos de onda, contribuindo para a construção de um modelo mais robusto do campo magnético solar. “Essas primeiras imagens dos pólos solares são apenas o começo. Nos próximos anos, temos a possibilidade de ciência descoberta”, afirmou Hamish Reid, co-líder da equipe do EUI.
“Não temos certeza do que vamos encontrar, e é provável que vejamos coisas que não conhecíamos antes.”
(“We are not sure what we will find, and it is likely we will see things that we didn’t know about before.”)— Hamish Reid, Co-líder, Universidade College London
Próximos passos
Nos próximos meses, a Solar Orbiter se dedicará a uma campanha de observação “de pólo a pólo”, que começou em fevereiro de 2025, a expectativa é que os dados dessa passagem cheguem à Terra em outubro de 2025. “Este é apenas o primeiro passo da ‘escadaria para o céu’ da Solar Orbiter. Nos próximos anos, a espaçonave subirá ainda mais fora do plano eclíptico para obter vistas melhores das regiões polares do Sol”, disse Daniel Müller, cientista do projeto Solar Orbiter.
Essas descobertas iniciais abrem portas para entendimentos mais profundos sobre a atividade solar e suas implicações para o clima espacial. À medida que a exploração espacial avança, cada dado coletado não só revela os mistérios que cercam o Sol, mas também aprofunda nosso entendimento sobre os fenômenos cósmicos que nos cercam.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)