
São Paulo — InkDesign News —
A proposta de cloud computing em jogos está ganhando formatos inéditos, como demonstra a startup Playruo, que oferece o streaming de demos de jogos diretamente pelo navegador web, sem necessidade de instalação local.
Arquitetura
Playruo baseia sua tecnologia de streaming bidirecional no Kyber, desenvolvido pelo CTO da empresa e presidente do VideoLAN, Jean-Baptiste Kempf. A infraestrutura utiliza FFmpeg para codificação dos streams de áudio e vídeo, e libVLC para decodificação no dispositivo do usuário, tudo transportado via protocolo QUIC. Esse conjunto reforça o potencial para uma experiência fluida, semelhante a jogos rodando localmente.
“We know the cloud gaming business model pretty well from our past experience. The big pitfall is that the various platforms do everything they can to prevent you from using the service too much.”
— Yannis Weinbach, cofundador e head de produto, Playruo
Custo e ROI
Diferentemente de cloud gaming tradicional, onde o cliente final geralmente paga pelo uso, Playruo opera com o modelo SaaS voltado para publishers, que custeiam a oferta das demos. O objetivo é alinhar o custo à retenção do usuário, favorecendo demos virais que incentivem a compra do jogo completo. O desafio principal está no equilíbrio financeiro entre a capacidade ociosa e a demanda de usuários, dado o custo significativo das VMs com GPUs em nuvens públicas como AWS, Google Cloud e Microsoft Azure.
“It’s a bit ridiculous and counterintuitive. So we thought about a business model where it’s interesting for us that people stay for a long time.”
— Yannis Weinbach, cofundador e head de produto, Playruo
Escalabilidade
Playruo depende da rápida escalabilidade dos servidores para acompanhar picos de acesso sem erros ou latência excessiva. Utilizar a elasticidade das principais nuvens públicas permite escalonar os recursos computacionais de forma dinâmica, reduzindo custos com infraestrutura ociosa. Essa agilidade é fundamental para suportar lançamentos de jogos que podem gerar tráfego imprevisível e alta simultaneidade no uso das demos.
Além do benefício técnico, o modelo cria um novo canal para publishers distribuírem demos compartilháveis como links, sendo potencialmente integrável em plataformas como YouTube e Twitch, ampliando a interação entre criadores de conteúdo e jogadores.
O futuro do cloud gaming via SaaS pode se fortalecer com modelos híbridos que priorizem flexibilidade, baixos tempos de latência e soluções abertas, caso Playruo e similares mantenham foco em otimização de custos, desempenho e experiência do usuário.
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Fonte: (TechCrunch – Cloud Computing)