Washington, D.C. — InkDesign News — A partir de 7 de maio, motoristas americanos não poderão mais usar carteiras de motorista antigas para embarque em voos domésticos ou acesso a instalações federais em cumprimento ao prazo final da lei Real ID, que visa padronizar e reforçar a segurança dos documentos de identidade emitidos nos Estados Unidos.
Vetor de ataque
A lei Real ID, promulgada em 2005 após os ataques de 11 de setembro, estabelece padrões mínimos para as informações pessoais obrigatórias e os recursos de segurança das carteiras de motorista estaduais. As carteiras Real ID apresentam um código de barras PDF417 e três níveis de características antifalsificação: visuais e táteis, UV e materiais e marcadores identificáveis apenas em laboratório.
Apesar das camadas de proteção, as carteiras atuais ainda não incorporam chips RFID criptograficamente assinados, presente em passaportes e sistemas de identificação de outros países, o que deixa espaço para tentativas sofisticadas de falsificação.
Impacto e resposta
Com o estrito controle no processo de emissão, incluindo reconhecimento facial para validar a identidade do solicitante, a Real ID reduz riscos de roubo de identidade. Contudo, especialistas destacam que a ausência de uma versão eletrônica totalmente segura limita a eficácia contra fraudes, especialmente devido à dificuldade de detecção por usuários comuns.
“A Real ID genuína carrega muita confiança, mas muitas pessoas que dependem dessa confiança terão dificuldade para detectar uma falsificação da Real ID.”
(“A genuine Real ID carries a lot of trust, but many people who rely on that trust will have difficulty detecting a forged Real ID card.”)— Andrew Bud, Fundador e CEO da iProov
Análise e recomendações
Dezenas de estados já adotam versões móveis digitais da carteira de motorista (MDLs), que oferecem assinaturas criptográficas e autenticação mais robusta, permitindo validações seguras sob demanda e maior controle do acesso a dados pessoais. A implementação ampliada das MDLs pode superar as limitações das atuais carteiras físicas.
“A manifestação MDL da Real ID será criptograficamente protegida e, portanto, imune à falsificação e adulteração – um conjunto inquebrável de biográficos com a foto capturando o rosto de forma inalterável.”
(“The MDL manifestation of the Real ID will be cryptographically protected, and therefore will be immune to forgery and tampering — an unforgeable, untamperable set of biographics with a photograph capturing their face in an unforgeable way.”)— Andrew Bud, Fundador e CEO da iProov
Especialistas recomendam que órgãos federais e estados priorizem a transição para sistemas digitais combinados com rigorosos protocolos de autenticação biométrica e proteção dos dados pessoais, reduzindo o vetor de ataques via falsificação física.
Espera-se que o avanço das MDLs fortaleça a infraestrutura de segurança cibernética em identificação pessoal, impactando positivamente setores sensíveis como transporte aéreo e acesso a instalações críticas.
Links úteis para aprofundamento: Cibersegurança | Ameaças
Fonte: (Dark Reading – Segurança Cibernética)
