
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos revelaram novas imagens da galáxia espiral barrrada NGC 685, ricas em regiões de formação estelar. Esta pesquisa destaca a atividade de formação de estrelas em um contexto cósmico, pivotal para entender a evolução galáctica.
Contexto da descoberta
NGC 685, também conhecida como ESO 152-24, IRAS 01458-5300 e LEDA 6581, está localizada a aproximadamente 64 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Eridanus. Descoberta pelo astrônomo britânico John Herschel em 3 de outubro de 1834, a galáxia possui cerca de 74.000 anos-luz de diâmetro e apresenta um centro brilhante bem definido, com braços espirais curvos e irregulares.
Métodos e resultados
A equipe utilizou a Câmera de Campo Largo 3 (WFC3) do Telescópio Espacial Hubble para coletar dados em várias faixas espectrais: ultravioletas, visíveis e infravermelhas. As imagens coloridas foram geradas a partir de exposições separadas, registradas através de seis filtros diferentes. As áreas onde novas estrelas estão se formando, denominadas regiões H II, aparecem como nuvens rosas vibrantes na imagem.
“Não é surpresa que NGC 685 tenha sido escolhida para estes programas: inúmeros aglomerados de estrelas azuis jovens destacam os braços espirais da galáxia.”
(“It’s no surprise that NGC 685 was chosen for these programs: numerous patches of young blue stars highlight the galaxy’s spiral arms.”)— Astrônomos do Hubble
Apesar da presença de diversas regiões de formação de estrelas, NGC 685 converte menos da metade da massa do Sol em novas estrelas por ano. Domainando um banco de dados que catalogará 50.000 regiões H II e 100.000 aglomerados estelares em galáxias próximas, a pesquisa ainda se beneficia da combinação dos dados do Hubble com observações no infravermelho do Telescópio Espacial James Webb e dados de rádio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array.
Implicações e próximos passos
Essa sinergia entre diferentes tecnologias de observação oferece uma oportunidade sem precedentes para analisar as profundezas de berçários estelares em formação. Os cientistas visam explorar como as estrelas se formam dentro das nuvens de poeira e gás e entender melhor a dinâmica de grupos estelares em ambientes galácticos diversos.
O impacto prático desta pesquisa está em elucidar a formação estelar e a evolução galáctica, fornecendo novos insights sobre a nossa própria galáxia, que é uma espiral barrada semelhante a NGC 685. O estudo das regiões H II contribui para uma compreensão mais profunda do ciclo de vida das estrelas e da química do universo.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)