
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores da Universidade da Flórida revelaram novas evidências sobre as extintas preguiças gigantes, destacando como as mudanças climáticas e as interações com humanos moldaram suas características evolutivas.
Contexto da descoberta
Estudos sobre preguiças gigantes, que se tornaram extintas há cerca de 15.000 anos, revelam um panorama sobre sua evolução e adaptação. Historicamente, esses animais variavam drasticamente em tamanho e habitat, com algumas espécies atingindo até o tamanho de elefantes modernos. A pesquisa sugere que mudanças climáticas e o surgimento de humanos influenciaram seu destino.
Métodos e resultados
Os pesquisadores, liderados pela especialista em paleontologia Dr. Rachel Narducci, analisaram mais de 400 fósseis de preguiças de 17 museus. Através do estudo de DNA antigo e características morfológicas, criaram a “árvore da vida” das preguiças, traçando sua linhagem há mais de 35 milhões de anos. O tamanho das preguiças foi medido utilizando fósseis como base, revelando que as preguiças que viviam no solo eram significativamente maiores do que aquelas que habitavam as árvores.
“Isso representou uma grande tarefa que não havia sido realizada anteriormente.”
(“Including all of these factors and running them through evolutionary models with multiple different scenarios was a major undertaking that had not been done before.”)— Dr. Rachel Narducci, Gerente de Coleções, Museu de História Natural da Flórida
As preguiças terrestres, como a preguiça de Shasta, eram comuns em várias regiões, enquanto as preguiças arborícolas se mantinham pequenas. As variações de tamanho foram associadas a diferentes habitats e mudanças climáticas, que resultaram em flutuações significativas nas dimensões dos animais.
Implicações e próximos passos
A pesquisa sugere que o tamanho das preguiças estava intimamente ligado ao clima e à disponibilidade de habitats. Com o aumento da temperatura global, as preguiças diminuíram, enquanto a resfriamento levou a um aumento de tamanho.
“O desvio de tamanho é uma maneira comum de os animais lidarem com o estresse térmico.”
(“Size reduction is also a common way for animals to deal with heat stress and has been documented in the fossil record on several different occasions.”)— Dr. Rachel Narducci, Gerente de Coleções, Museu de História Natural da Flórida
Diante desse quadro, a pesquisa pode abrir caminho para compreender melhor a extinção dessas criaturas, especialmente em relação ao impacto humano e a alterações climáticas. A análise de fósseis pode proporcionar novos insights sobre a adaptação animal ao longo do tempo e como as mudanças ambientais moldam as espécies.
O estudo publicado na revista Science sinaliza futuras direções no entendimento das interações entre clima, evolução e extinção de espécies.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)