
São Paulo — InkDesign News — Cientistas têm investigado por décadas a inexplicável magnetização de algumas rochas lunares, apesar da ausência de um campo magnético no satélite. Estudos sugerem que um impacto de asteroide poderia ter briefly amplificado esse campo há bilhões de anos.
Detalhes da missão
As rochas da Lua foram coletadas durante as missões Apollo da NASA, nas décadas de 1960 e 1970. Análises de dados provenientes de espaçonaves em órbita revelaram assinaturas magnéticas fortes, especialmente na superfície do lado oposto da Lua. Pesquisas recentes indicam que um impacto de asteroide, possivelmente responsável pela formação da bacia do Imbrium, pode ter gerado um campo magnético temporário, magnetizando as rochas da região em questão.
Tecnologia e objetivos
A pesquisa liderada por Isaac Narrett, aluno de pós-graduação no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, utilizou simulações computacionais para estudar os efeitos de um impacto massivo. Este evento teria vaporizado material da superfície e criado uma nuvem de partículas carregadas, ou plasma, que amplificou temporariamente o magnetismo lunar. Narrett afirmou:
“A maioria dos campos magnéticos fortes pode ser explicada por esse processo, especialmente no lado oposto da Lua.
(“The majority of the strong magnetic fields that are measured by orbiting spacecraft can be explained by this process, especially on the far side of the moon.”)— Isaac Narrett, Pesquisador, MIT
Próximos passos
Futuras missões à Lua, como o programa Artemis da NASA, planejam investigar as rochas magnetizadas próximo ao polo sul lunar. Se essas análises confirmarem sinais tanto de choque quanto de magnetismo antigo, poderá haver validação da hipótese de que as anomalias magnéticas da Lua são, de fato, resultado de um colossal impacto asteroidial. Benjamin Weiss, coautor do estudo, destaca a importância desse fenômeno:
“É como se você jogasse um baralho de cartas ao ar em um campo magnético. Quando as cartas caem, elas o fazem em uma nova orientação — esse é essencialmente o processo de magnetização.”
(“It’s as if you throw a 52-card deck in the air, in a magnetic field, and each card has a compass needle.”)— Benjamin Weiss, Professor, MIT
Essas investigações são fundamentais para compreendermos melhor a evolução do campo magnético lunar e suas implicações para a ciência planetária. O estudo foi publicado na revista Science Advances no dia 23 de maio.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)