
São Paulo — InkDesign News — O governo federal anunciou um congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento na última quinta-feira (22), provocando reações positivas no mercado e destacando a fragilidade da dívida pública em um contexto de alta da inflação e juros.
Panorama econômico
O cenário econômico global apresenta desafios significativos, com taxas de juros elevadas e pressões inflacionárias persistentes afetando a dinâmica fiscal brasileira. A decisão do governo de promover um congelamento de gastos e aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) visa fortalecer a arrecadação e garantir a sustentabilidade fiscal, embora analistas advertam que esses passos ainda são insuficientes para estabilizar a dívida pública.
Indicadores e análises
O primeiro relatório bimestral indicou um bloqueio de R$ 10,6 bilhões em despesas não obrigatórias e um contingenciamento de R$ 20,7 bilhões. Marisa Rossignoli, conselheira do Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon-SP), observa:
(“I would say that the contingenciamento and the blockade are important steps, but in themselves they are not sufficient — although they represent a very positive signal from the government regarding the concern of not exceeding the limit of expenses of the fiscal framework.”)— Marisa Rossignoli, Conselheira, Corecon-SP
O analista Paulo Gala, do Banco Master, destaca que o valor congelado foi superior ao esperado pelo mercado, apontando para uma reação imediata positiva na confiança dos investidores.
Impactos e previsões
A elevação do IOF, que se espera arrecadar R$ 61 bilhões em dois anos, é uma medida controversa. Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, afirma:
(“The government’s fiscal effort is still below what it needs to stabilize debt; it will continue to grow even with today’s measures.”)— Luciano Costa, Economista-Chefe, Monte Bravo
Especialistas alertam que a combinação do congelamento com o aumento do IOF pode ser vista como um esforço por parte do governo para abordar a evaporante saúde fiscal do país. Contudo, as projeções indicam que a capacidade de crescimento da economia pode ser afetada, resultando em custos financeiros adicionais para diversos setores.
As tensões fiscais atuais sugerem que o governo deve continuar a buscar um equilíbrio entre a arrecadação e a contenção de gastos à medida que os desafios econômicos se aprofundam. As reações do mercado e a resposta do governo nas próximas semanas serão cruciais para determinar a estabilidade das contas públicas e o impacto no ambiente econômico geral.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)