
Brasília — InkDesign News — O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatou ter recebido ofensas e ameaças durante sessão de julgamento em 22 de outubro, enquanto o tribunal tratava da validade de cargos técnicos comissionados nos tribunais de contas de São Paulo e Goiás.
Contexto jurídico
Na tarde do dia 22 de outubro de 2025, os ministros do STF se reuniram para discutir a legalidade dos cargos técnicos comissionados nos tribunais de contas de São Paulo e Goiás. O debate surgiu em um ambiente de crescente tensão, exacerbada por uma ameaça de bomba em Brasília, que evidenciou as preocupações sobre a segurança institucional do tribunal. Dino foi alvo de um ataque verbal, onde um texto continha ameaças físicas. Este episódio destaca a relação entre a criminalidade e a crescente animosidade contra instituições públicas.
Argumentos e precedentes
Durante a sessão, Flávio Dino citou o “espírito do tempo” como um fator que tem alimentado um ambiente de ódio. Ele exemplificou a situação com as redes sociais, que, segundo ele, amplificam discursos violentos e ameaçadores. O ministro disse:
“O espírito do tempo é de cultivo de ódio em escala criminosa. As caixas de comentários das redes sociais ganham densidade quando penetram na mente humana e se transformam em força material.”
(“The spirit of the time is one of cultivating hate on a criminal scale. The comment sections of social networks gain density when they penetrate the human mind and become material force.”)— Flávio Dino, Ministro, Supremo Tribunal Federal
Para ele, a segurança no STF não é mais a mesma que há dez anos, aludindo a invasões anteriores.
Impactos e desdobramentos
As implicações deste episódio vão além da segurança imediata do STF; ele reflete um consenso em crescente desenvolvimento sobre a necessidade de reforçar as medidas de proteção em instituições públicas. O ataque a Dino também levanta questões sobre a normalização da violência contra figuras públicas, especialmente em uma era de polarização política. A segurança do STF permanecerá intensificada após o atentado em novembro de 2024, quando Francisco Wanderley, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, tentou entrar com explosivos na instituição. O reforço nas medidas de segurança revela um compromisso com a proteção das instituições democráticas, mas também a urgência para discutir reformas em legislações que permitam uma resposta mais eficiente às ameaças às vidas de autoridades judiciais.
Em suma, a ameaça contra o ministro Flávio Dino destaca a crescente violência no discurso político brasileiro e a necessidade de uma reavaliação das estratégias de segurança forense e pública.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)