
São Paulo — InkDesign News —
Uma análise de dados de radiocarbono revelou que uma tempestade solar extrema atingiu a Terra há aproximadamente 14.300 anos, sendo mais poderosa do que qualquer outro evento desse tipo conhecido na história humana.
Detalhes da missão
O estudo conduzido por uma equipe da Universidade de Oulu, na Finlândia, utilizou um modelo inovador de química climática para quantificar um aumento significativo no isótopo de carbono-14 em anéis de árvores fossilizadas. Essa tempestade solar é considerada mais de 500 vezes mais intensa que a Tempestade Solar de Halloween de 2003.
Tecnologia e objetivos
Os cientistas analisaram os níveis de radiocarbono, resultantes da interação de átomos de nitrogênio na atmosfera com raios cósmicos. “O evento antigo em 12.350 a.C. é o único conhecido fora do período do Holoceno, os últimos aproximadamente 12.000 anos de clima estável e quente”, afirmou Kseniia Golubenko, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Oulu e autora principal do estudo.
(“The ancient event in 12,350 BC is the only known extreme solar particle event outside of the Holocene epoch, the past approximately 12,000 years of stable warm climate.”)
Próximos passos
Os pesquisadores indicam que a nova compreensão da intensidade dessa tempestade solar é vital para a avaliação dos riscos que eventos solares futuros representam para a infraestrutura moderna, como satélites e redes elétricas. “Entender a escala deste evento é crítico para avaliar os riscos que futuras tempestades solares podem representar para a infraestrutura moderna, como satélites, redes elétricas e sistemas de comunicação”, disse Golubenko.
(“Understanding its scale is critical for evaluating the risks posed by future solar storms to modern infrastructure like satellites, power grids, and communication systems.”)
O estudo foi publicado na revista Earth and Planetary Sciences Letter em 15 de maio, e suas conclusões podem servir como um novo cenário de pior caso para a tecnologia moderna, que é cada vez mais vulnerável às tempestades solares.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)