
Rio de Janeiro — InkDesign News — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma sua agenda de viagens nacionais nesta semana, após compromissos internacionais que o levaram à Rússia, China e Uruguai. Entre os dias 20 e 23 de maio, Lula estará no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, focando em saúde, cultura e diplomacia, em meio a crescente pressão interna devido à crise no INSS e à queda na popularidade de seu governo.
Contexto político
Desde o início de seu terceiro mandato, Lula acumulou 97 dias em agendas internacionais e 142 dias em viagens nacionais, abrangendo 23 estados brasileiros. A maior parte das visitas internacionais concentrou-se na Europa, mas o presidente também visitou países na Ásia, África e América. Nacionalmente, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia foram os estados mais visitados. O retorno ao cenário doméstico ocorre em um momento de desgaste político e demandas por soluções nos temas sociais e econômicos.
Na próxima terça-feira (20), em cerimônia no Rio de Janeiro, o presidente participará da reinauguração do Palácio Gustavo Capanema e da entrega da Ordem do Mérito Cultural, importante honraria do governo para personalidades do setor cultural. No dia 22, estará em São Paulo para o lançamento do curso de Medicina do Hospital Sírio-Libanês, em parceria com instituições de ensino superior. Em 23 de maio, recebe em Brasília o presidente de Angola, João Lourenço, para uma visita de Estado com assinatura de acordos bilaterais nas áreas de comércio, educação e cooperação internacional.
Reações e debates
A agenda doméstica ocorre em meio a uma escalada de tensões devido à crise do INSS, marcada por descontos fraudulentos em benefícios, e a uma queda na aprovação do governo. Pesquisas recentes indicam um “recuo na popularidade do petista”, inclusive em segmentos que o apoiaram em 2022.
“Com INSS, governo vai ter que lutar para resgatar popularidade, diz Arko”
— Analista Político Arko
“Lula acumula mais de três meses fora do Brasil em 868 dias de mandato”
— CNN Brasil
Desdobramentos e desafios
A reorientação para temas sensíveis como saúde e cultura tenta contrabalançar a pressão doméstica e resgatar apoio político. A assinatura de acordos bilaterais com Angola reafirma o interesse na ampliação da cooperação internacional, iniciativa constante na política externa do governo. As próximas etapas incluem o enfrentamento das consequências da crise do INSS, que pode impactar a popularidade do Executivo e sua capacidade de gestão. Internamente, a agenda de saúde com o novo curso de Medicina e o reconhecimento cultural refletem tentativas de renovação no plano nacional.
Essa estratégia sinaliza a tentativa de equilibrar a política externa vigorosa com uma resposta mais direta às demandas internas, diante de um cenário político desafiador. A chave para o governo será a capacidade de traduzir essas ações em resultados concretos para a população.
Fonte: (CNN Brasil – Política)