
São Paulo — InkDesign News — O Itaú revisou sua perspectiva sobre a política monetária brasileira, indicando a manutenção da Selic em 14,75% até o final de 2025, uma alteração em relação à previsão anterior de 15,25% até dezembro deste ano. A nova projeção é um reflexo da confiança do Banco Central na atual taxa de juros, considerada contracionista, e da desaceleração da atividade econômica.
Panorama econômico
O contexto econômico atual é marcado por incertezas globais e a decisão do Banco Central brasileiro em manter os juros elevados por um período prolongado. As expectativas em relação à inflação e ao crescimento econômico são fundamentais para a configuração da política monetária. A comunicação recente do Banco Central sugere que a avaliação das autoridades é de um cenário simétrico em torno dos riscos, o que eleva os critérios para um novo ajuste na Selic.
Indicadores e análises
O relatório do Itaú destaca que a expectativa de inflação para o IPCA é de 5,5% em 2025 e 4,4% em 2026. “A avaliação das autoridades sobre os possíveis efeitos da mudança no ambiente externo… estabeleceu, em nossa visão, uma barra relativamente alta para um novo ajuste da Selic em junho” (original: “The assessment of the authorities regarding the possible effects of changes in the external environment… established, in our view, a relatively high bar for a new adjustment of the Selic in June”). Além disso, a projeção de crescimento do PIB foi mantida em 2,2% para 2025 e 1,5% para 2026, refletindo uma desaceleração que deve se intensificar no segundo semestre.
Impactos e previsões
A persistência de uma taxa de juros elevada pode impactar diversos setores da economia. A expectativa é de que a atividade econômica ainda se mostre resiliente, sustentada pelo consumo, em grande parte impulsionado por uma renda elevada. Contudo, “a soma-se a isso a aparente escolha pela estratégia de manutenção de juros elevados por tempo prolongado” (original: “this is added to the apparent choice of maintaining high interest rates for a prolonged period”) segundo Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú. O cenário de cortes na taxa de juros foi projetado apenas para 2026, quando a Selic deve chegar a 12,75%.
Os próximos desdobramentos incluem a vigilância sobre os impactos da inflação nos preços, a interação entre economias globais, e o efeito de possíveis bandeiras tarifárias em decorrência da diminuição no fluxo comercial com a China e os Estados Unidos.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)