
São Paulo — InkDesign News — A suspensão das importações por parte da China, União Europeia e Argentina deverá impactar significativamente o mercado externo e a demanda interna no Brasil. Na avaliação da comentarista de Economia da CNN Brasil, Rita Mundim, essa situação pode acarretar uma redução nos preços do ovo e da carne de frango.
Panorama econômico
O Brasil, como um dos maiores produtores de frango do mundo, enfrenta mudanças que poderão impactar a sua economia local. A recente decisão de suspensão das importações por países importantes está atrelada a um contexto de volatilidade nas cadeias de suprimento globais e a uma luta contínua contra a inflação que alcançou 5,53% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa situação exige contínuas intervenções do Banco Central e do Comitê de Política Monetária (Copom) que têm adotado medidas visando a estabilidade de preços.
Indicadores e análises
Mundim observa que a suspensão das importações resultará em uma oferta maior de carne e ovos no Brasil, refletindo diretamente na dinâmica de preços. A proporção de 33% que o Brasil representa na produção mundial de frango é substancial, e a China, que importa 10% da avicultura brasileira, ocasiona uma receita mensal de aproximadamente US$ 100 milhões.
Mundim destaca que a queda pode refletir em uma baixa da inflação do grupo de alimentos.
(“Mundim destaca que a queda pode refletir em uma baixa da inflação do grupo de alimentos.”)— Rita Mundim, Comentarista de Economia, CNN Brasil
Impactos e previsões
Os impactos dessa reestruturação no comércio serão sentidos inicialmente na indústria avícola, que deverá aumentar sua produção para atender a demanda local. Além disso, consumidores poderão se beneficiar de preços mais acessíveis. Mundim caracteriza a atuação do Ministério da Agricultura como “proativa” em esclarecer a situação, assim como ressalta que os acordos comerciais respeitam a regionalização em casos de surtos de gripe aviária.
Os acordos com países como Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes, que já aprovaram a regionalização da influenza aviária de alta patogenicidade, indicam um comprometimento em manter a segurança sanitária enquanto se busca a expansão nas exportações.
À medida que a situação se desenvolve, os próximos passos do setor agrícola brasileiro devem incluir monitoramento constante das condições de mercado e possíveis reajustes na política de preços para mitigar os efeitos da volatilidade.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)