Vice-governador diz que governo considera Cracolândia desinteressante para tráfico

São Paulo — InkDesign News —
O governador em exercício de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), declarou à CNN, em 2024, que a “cracolândia passou a ser desinteressante para o crime organizado”, apontando uma redução expressiva no número de dependentes químicos na região central da capital paulista, nas proximidades da Estação da Luz.
Contexto político
A região conhecida como “cracolândia” tem sido alvo de políticas públicas que envolvem ações integradas de saúde, assistência social e segurança pública para combater o uso aberto de drogas. Recentemente, autoridades estaduais têm intensificado medidas para a desarticulação do tráfico e apoio aos usuários. O movimento de “esvaziamento” da área foi reforçado por operações que buscaram diminuir a visibilidade e presença de dependentes químicos na região. Historicamente, a “cracolândia” concentrava milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade, sendo local estratégico para o comércio ilegal de entorpecentes.
Reações e debates
“Ao longo dos últimos meses, a gente viu uma diminuição da cena aberta da cracolândia que passou a ser desinteressante para o crime organizado. Imagina você ter a oportunidade de um único lugar poder vender para duas, três mil pessoas drogas e depois, ao longo de todo esse trabalho de saúde, de apoio social e da segurança a gente teve essa desidratação daquela cena de uso, chegando na última semana a 40, 60, no máximo 80 pessoas. Passou a ser desinteressante”.
— Felício Ramuth, governador em exercício de São Paulo
Em complemento, Ramuth frisou que a polícia atuará com firmeza para evitar o retorno do uso de drogas em espaços públicos no centro da cidade, acompanhando as ações com suporte social e de saúde.
“Agora, para nós o trabalho não acabou, ao contrário, a gente tem que estar atento para continuar ofertando os serviços de saúde social e a segurança pública presente. O que nós já sabemos é que nós não vamos voltar a ter no centro da cidade o uso de drogas a céu aberto. A polícia aí vai atuar para evitar que isso aconteça, oferecendo também com a saúde e com o social uma linha de cuidados para esses usuários.”
— Felício Ramuth, governador em exercício de São Paulo
Desdobramentos e desafios
Embora o “esvaziamento” da cracolândia represente um avanço nas estratégias de enfrentamento, o desafio continua sendo garantir o atendimento integral e humanizado aos usuários, sem deslocar o problema para outras regiões. A manutenção da vigilância da segurança pública e o atendimento social são fundamentais para sustentar os resultados alcançados. A articulação entre os poderes e a continuidade das políticas públicas integradas serão cruciais para evitar retrocessos na gestão da área central de São Paulo.
O impacto dessas ações é observado na diminuição da visibilidade do uso de drogas em locais públicos, mas requer investimento constante em políticas de inclusão social e saúde pública para a população vulnerável.
Para o futuro próximo, a agenda política relacionada à cracolândia deve focar em políticas de redução de danos, suporte social e prevenção, aliando estratégias de segurança que respeitem direitos e promovam a reinserção social dos usuários.
Fonte: (CNN Brasil – Política)