
Belém, Pará — InkDesign News — A primeira-dama Rosângela Lula da Silva foi nomeada enviada especial da COP30, que acontecerá em novembro em Belém, Pará. Janja terá papel-chave no engajamento de mulheres durante a cúpula, junto a outros 29 enviados indicados para fortalecer o evento climático.
Contexto político
A presidência da Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP30) definiu 30 enviados especiais como articuladores voluntários para diversas áreas temáticas e regionais, a fim de ampliar o diálogo e a mobilização social para a implementação de soluções climáticas. A escolha dos nomes, como a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a ex-secretária do Ministério da Saúde Ethel Maciel, a ex-surfista Maya Gabeira e a líder indígena Wapichana Sinéia do Vale, evidencia a tentativa de promover representatividade e pluralidade no debate ambiental. A diretora-executiva Ana Toni destacou o propósito desses enviados apoiando “diálogo e ação coletiva”.
Reações e debates
“Os enviados funcionarão como caixas de ressonância de setores e de geografias, verdadeiros canais e facilitadores do fluxo de informações e de percepções de suas respectivas áreas. Precisamos ouvir muito sobre as expectativas nas áreas em que contamos com enviados especiais”
— André Corrêa do Lago, presidente da COP30
Entre os destaques está o papel de Janja, que será responsável pelo engajamento das mulheres na COP30. Essa nomeação ocorre em meio a críticas públicas e debates recentes sobre igualdade de gênero e representatividade política. A parceria entre diferentes setores e o envolvimento de nomes de destaque internacional refletem a busca por uma governança climática mais inclusiva.
“Serão algumas de nossas vozes e ouvidos em setores e regiões estratégicas, parte de um esforço conjunto por uma COP30 forte e efetiva na implementação de soluções climáticas”
— Ana Toni, diretora-executiva da COP30
Desdobramentos e desafios
A COP30 aposta ainda em quatro Círculos de Liderança para debater temas cruciais comofinanciamento climático, povos indígenas, governança e ética global climática. Sob presidências de figuras como Laurent Fabius, Sônia Guajajara, Fernando Haddad e Marina Silva, esses grupos têm a missão de ampliar o debate político e social para fortalecer a governança climática global com participação ampla e estratégica.
O desafio futuro reside em transformar mobilização coletiva em ações concretas, especialmente diante da complexidade das negociações internacionais e das expectativas de diferentes atores sociais. A participação ativa desses enviados voluntários, à frente de setores diversos, poderá influenciar o formato e os resultados da conferência, contribuindo para uma agenda climática que alie diálogo multidisciplinar e execução pragmática.
Fonte: (CNN Brasil – Política)