
São Paulo — InkDesign News —A Americanas, uma das maiores varejistas do Brasil, divulgou um prejuízo líquido de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 453 milhões do mesmo período em 2024, conforme apresentado em seu balanço financeiro.
Panorama econômico
O cenário econômico brasileiro enfrenta desafios significativos, com uma inflação elevada impactando o consumo e uma política monetária ainda em ajuste para combater os juros altos. O varejo é um dos setores mais afetados, com a Americanas, em recuperação judicial desde 2023, lidando com a consequência de sua crise financeira, acentuada por uma fraude contábil que abalou suas operações.
Indicadores e análises
Em termos de performance, a receita líquida da companhia recuou 17,4%, atingindo R$ 3,06 bilhões. A comparação ano a ano foi prejudicada, principalmente, pela contabilização de R$ 1,3 bilhão em outras receitas em 2024, relacionadas ao plano de recuperação judicial.
“Essa não é uma crise da qual você sai rapidamente”
(“This is not a crisis you get out of quickly”)— Leonardo Coelho, Presidente, Americanas
O resultado do Ebitda ajustado foi negativo em R$ 20 milhões, uma queda significativa em relação ao Ebitda positivo de R$ 243 milhões do ano anterior. As operações foram afetadas pela alteração da data da Páscoa, o que impactou diretamente as vendas.
Impactos e previsões
Leonardo Coelho destacou que o período de Páscoa é quase tão importante quanto o Natal para a varejista, com o adiamento da Páscoa em 2025 para abril, influenciando os resultados do primeiro trimestre. Apesar desse desafio, a Americanas relatou um crescimento de 10% na receita líquida nos primeiros quatro meses de 2025 em comparação com 2024, o que pode indicar uma recuperação gradativa.
“A companhia continua trabalhando para melhorar a performance das unidades menos rentáveis”
(“The company continues to work on improving the performance of less profitable units”)— Leonardo Coelho, Presidente, Americanas
Após fechar cerca de 80 lojas em 2024, a Americanas ainda enfrenta uma dívida bruta de R$ 1,8 bilhão, composta em sua totalidade por debêntures e financiamentos. Com perspectivas desafiadoras pela frente, a empresa planeja abrir novos pontos de venda na região Nordeste no segundo semestre, sinalizando um otimismo cauteloso sobre sua recuperação financeira.
A evolução da Americanas será monitorada de perto, não apenas por investidores, mas também pelo mercado varejista em geral, à medida que a empresa trabalha para estabilizar suas operações e recommencer a trajetória de crescimento.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)